HOJE O SEU VEREADOR
Nos termos da lei, cabe ao vereador duas missões importantes: fiscalizar o trabalho do prefeito e representar os interesses dos moradores da cidade. Nas ultimas décadas, as Câmaras deixaram de fiscalizar os prefeitos, enquanto o povo ficou entregue à sua própria sorte. Uma moradora de Parada Angélica foi encaminhada, com grave quadro de pneumonia, para um Hospital de Petrópolis, cujo atendimento é superior ao prestado em Duque de Caxis, mas voltou para casa de mãos abanando. No Hospital, que tem convênio com o SUS, exigiram que ela apresentasse comprovante de que mora em Petrópolis. Ela só foi parar em Petrópolis porque em Parada Angélica, que tem vereadores na Câmara de Caxias, não tem hospital. Nossos edis preferem montar Centros Sociais, para onde são desviados médicos, dentistas, assistentes sociais e enfermeiros que estão em falta no Duque, na Maternidade de Xerém e nos postos de saúde que atendem 24 horas por dia. Com isso, sua atuação política passa a ser monitorada pelo prefeito. Essa distorção na função dos vereadores acaba produzindo resultados como esses. Se o vereador morasse na cidade, se seus filhos estudassem nas escolas do estado e da Prefeitura, se eles fossem atendidos no Pronto Socorro do Duque, temos certeza de que muitas das mazelas do serviço público na cidade seriam corrigidas em tempo rápido. É por isso que os moradores do 25 de Agosto e da Paulicéia estão reclamando da invasão de placas de um vereador que não mora na cidade, mas que se apresenta como “porta-voz do povo caxiense”. Em 2000, um vereador deixou o bairro onde morava antes mesmo de tomar posse e nomeou a família para tantos cargos quantos o prefeito lhe deu de presente. Quando buscou a reeleição, foi recusado, numa demonstração de que seus eleitores se sentiram traídos. Vamos municipalizar as eleições e votar em candidatos que não só morem na cidade, mas que tenham efetivos serviços prestados à cidade. Quantos dos atuais 21 vereadores moram efetivamente em Caxias? Quantos sofrem com a fatal d’água, de esgotos, de segurança? Você, eleitor, é quem decide!
O PROGRESSO ESTÁ DEIXANDO
O 25 DE AGOSTO EMPAREDADO
A antes tranqüila e até bucólica Rua General Câmara, na parte alta do bairro 25 de Agosto, sempre teve um ar de tranqüilidade, pois ficava a um quarteirão da estação ferroviária, ao lado da 59ª DP e do Fórum de Duque de Caxias. Aos poucos, com o avanço incontrolável da indústria da Construção Civil, a rua está sendo engolida por arranha-céus. Nessa luta entre a qualidade de vida e o progresso, este último está vencendo de goleada. Agora, vai abaixo a casa onde o ex-vice-prefeito Ruyter Poubel morou por muitos anos. Era ali que ele reunia os amigos, discutia a política municipal e articulava campanhas que seriam desenvolvidas pelo seu jornal FOLHA DA CIDADE. Em seu lugar, será erguido um novo arranha-céu, tal e qual os dois que estão em construção na quadra em frente ao Hospital Mario Lioni, no terreno onde ficava a mansão do empresário Getúlio Gonçalves, presidente da Associação Comercial. Apesar da chegada de novos moradores, o 25 de Agosto, que paga um dos mais altos IPTUs da Baixada, é um bairro com deficiências gritantes como falta d’água, de esgoto tratado, de coleta eficiente do lixo e até de segurança, mesmo quando os seus moradores constroem cabines para a PM, como acaba de ocorrer na Praça da Maçonaria. Os prédios das ruas Barão do Triunfo, Barão de Tefé, Ana Nery, e Marcílio Dias vivem em regime de torneira seca. Na rua Bahia, por exemplo, os modernos prédios ali erguidos nos últimos anos são visitados todas as semanas por carros pipas, pagos por seus moradores, entre os quais estão o deputado Zito e o vereador Vaguinho. Enquanto isso, o Palácio Guanabara está entregue às moscas e aos mosquitos da Dengue!
• A morte do marido da prefeita Núbia Cozzolino vai obrigar os políticos da Baixada a reformularem as suas estratégias de segurança. Afinal, mesmo com carros blindados, eles terão de fazer reuniões em locais abertos. Como a PM deixou as ruas e a Polícia Civil se tranca nas DPs com medo dos bandidos a saída será o aeroporto do Galeão. Para o exterior, como faz o caixeiro-viajante!!!!
• Muita gente ficou chateada por não ter sido avisada da morte do Coronel Renato Moreira da Fonseca, cuja Missa de 7º Dia foi celebrada terça-feira, no Rio. Alguns ex-auxiliares só foram à Missa porque leram a nota num jornal do Rio. Caxias continua devendo ao Cel. Renato uma homenagem à altura do trabalho que ele desenvolveu com uma equipe de civis, todos moradores na cidade que ele governava.
• Uma das obras mais importantes foi a construção do viaduto do Centenário (foto), que ele resolveu batisar com o nome do Brigadeiro Faria Lima, ex-prefeito de S. Paulo. Foi uma ousadia, principalmente por conseguir financiamento para a obra no BNH, numa época em que não havia ONGs, nem mensalões!
• O DCE da FEUDUC tem uma audiência na Alerj nesta sexta-feira com o deputado Marcelo Freixo (PSOL). Será ás 16 horas e os alunos vão pedir a intervenção do parlamentar (foto) para garantir o funcionamento da Universidade e a liberação dos diplomas dos concluintes.
• O candidato Melquisedec Nascimento (PDT) iniciou, finalmente, a sua campanha na manhã de ontem (17). Apesar de ser um dia útil, Melqui conseguiu reunir muitos eleitores e fazer uma grande panfletagem no entorno da Praça Humaitá.
• Morador do 25 de Agosto e tenente da PMRJ, Melqui defende mudanças no modelo de segurança desenvolvido pelo Governo do Estado, com o reforço de pessoal e equipamento dos batalhões da PM. Ele reclama, por exemplo, que o contingente à disposição do Comando do 15º Batalhão é menor do que o existente há 10 anos, embora a cidade tenha crescido vertiginosamente nesse período. Neste domingo, a panfletagem será feita na Praça Roberto Silveira.
• A Polícia ainda não tem pistas dos bandidos que levaram os R$ 15 mil que a Prefeitura pagou, depois de um ano, ao CPT, referente aos prêmios do Festival de Teatro realizado em setembro de 2007 e que foi assistido por cerca de 20 mil pessoas. Guedes Ferras considera estranho que os bandidos soubessem da liberação do dinheiro, pois agendara o saque com a gerência do banco, conforme as normas sobre saques de valores acima de R$ 5 mil reais.
• Para poder pagar os prêmios do Festival, o Centro de Pesquisas Teatrais (CPT), que organizou o evento, fará uma apresentação especial da peça “O Auto da Camisinha”, no próximo dia 27 (domingo), no Teatro Municipal Raul Cortez, com ingresso a R$ 10.
• De autoria de José Mapurunga e direção de Guedes Ferraz, a peça é uma comédia que usa a linguagem do cordel para falar sobre a importância do uso do preservativo. Ela traz à cena um casal sertanejo preparando sua primeira relação amorosa. O personagem Benedito representa um Quixote ingênuo e apaixonado. Já sua parceira, Lionor, é uma beldade que faz da camisinha “uma questão de respeito”.